Milhares de Chies

 
Os Chies, no Brasil, são numerosos, especialmente no Rio Grande do Sul, São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro. A rigor, ninguém ainda fez a conta, mas há uma sólida convicção de que, no município de Carlos Barbosa-RS, eles são o grupo familiar mais numeroso. Nesta maravilhosa terra do Festiqueijo, da Santa Clara e da Tramontina ninguém consegue estar longe deles. Este clã, cuja raiz se encontra nos pré-alpes vênetos, está sendo convocado para  um Encontro, no dia 12 de abril de 2015, na encantadora e próspera localidade de Coblens, município de Carlos Barbosa - RS, quando haverá confraternização, celebrações, artes, música e lançamento de um livro (Chies no Brasil, desde 1879).  Será uma invasão sem precedentes, comandada por Vicente Chies, à frente de seleta Comissão.
Organizam o evento os descendentes de Giovanni Chies (*1809) e Ângela Zanette (*1810).
Giovanni Chies, em 1863, deixa Borgo Ciser, comune de Fregona, Treviso, em busca de trabalho e sobrevivência. Passa por Carpèsica, Vitório Vêneto e Fontanelle. Em maio de 1879, já viúvo de Ângela Zanette, com os filhos Pietro, Francesco, Tiziano e Bôrtolo, noras e netos, parte para o Brasil. O filho Bôrtolo adia a viagem por um mês, porque a filha Maria nasce a 10 de maio. A 16 de maio, no porto de Gênova, embarcam no vapor Savoie. No dia 5 de junho desembarcam na Ilha das Flores, Rio de Janeiro. Daí seguem para o porto de Rio Grande e para Porto Alegre, onde souberam que seriam assentados no Distrito de Montravel (Santa Clara), da Colônia Santa Maria da Soledade. De Porto Alegre, pelo rio Caí chegam a Montenegro e, por terra, a Bom Princípio, São Vendelino e Santa Clara. Com eles chegam também Pasquale Scottà, Pietro Breda e Catterina Chies, sobrinha de Giovanni, que se casará com Pietro Breda. No decorrer da década de 1880, falecem Giovanni e os dois filhos mais velhos, Pietro e Francesco. Tiziano, com a experiência de quatro anos de serviço militar, no Império Austo-Húngaro e na Itália, assume o comando da família, que cresce muito e permanece unida em Santa Clara, até por volta de 1915. Quase todos agricultores, mas também pedreiros, carpinteiros, moageiros, construtores e operadores de engenhos e moinhos, comerciantes, religiosos e cooperativistas. 
O primeiro a levantar vôo de Santa Clara deve ter sido Virgílio, filho mais velho de Francesco, que, sob a liderança de Giuseppe Dal Bò, muda-se para Fazenda Souza, hoje distrito de Caxias do Sul, para dedicar-se à extração de madeira de pínus. De 1916 a 1922, quase todos os Chies de Santa Clara, excetuada a família de Tiziano, mudam-se para Arroio Canoas e Coblens. Sempre dentro do município de Montenegro. Dos descendentes de Pietro, Francesco e Bôrtolo, permanecem em Santa Clara somente José Chies, gerente da Cooperativa e Anna Chies, casada com José Zan. Hoje, concentram-se, sobretudo, no município de Carlos Barbosa, mas também em Caxias do Sul, Porto Alegre, Canoas, Bento Gonçalves, Garibáldi, Barão, São Pedro da Serra, Salvador do Sul, Getúlio Vargas, Erechim, Lagoa Vermelha, São Miguel d’Oeste, Lajes, Chapecó, norte do Paraná, Mato Grosso do Sul, Bahia e Distrito Federal. Sem contar - e não são poucos - aqueles que vivem na América do Norte e na Europa. A partir de agora, o pensamento de todos volta-se para Coblens. Lá estaremos juntos, no dia 12 de abril de 2015. Todos são convidados. Aguardamos, também, os Chies de São Paulo (São Carlos e São Caetano do Sul), Rio de Janeiro (Barra Mansa) e Espírito Santo (Venda Nova do Imigrante).